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Única indígena do Tocantins na COP26 Narubia Werreria chama atenção para seca dos rios

Presidente do Instituto Indígena do Tocantins, a ativista Narubia Werreria, está em Glasgow, na Escócia onde ocorre a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26). O evento reúne 196 líderes mundiais signatários do acordo de Paris para traçar estratégias que freiem o aquecimento global e suas consequências. A única indígena tocantinense presente na COP26, Narubia Werreria pauta a importância dos povos originários na preservação da natureza e alerta para a seca grave que afeta os rios do Tocantins e a Ilha do Bananal. O evento foi iniciado nessa segunda-feira, 1 de novembro, e vai até o dia 12 de novembro.

A presença da ativista na COP26 foi possível graças ao apoio da Organização da Sociedade Civil internacional JIBOIANA que doou fundos para líderes indígenas brasileiros irem ao evento. Em Glasgow, Narubia está articulando com organizações, empresários e ativistas de todo o mundo, medidas que auxiliem na luta indígena pela preservação ambiental do Tocantins e do Brasil. Já nos primeiros dias da COP26 ela participará de uma reunião com membros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e uma ato com Greta Thunberg, jovem ativista pelo meio ambiente conhecida mundialmente.

Pertencente à etnia Karajá, autodenominada Iny, Narubia Werreria denuncia durante a COP26 o perigo do desaparecimento da Ilha do Bananal onde seu povo reside: “A maior ilha fluvial do mundo, que é tombada pela UNESCO como berço das águas,  hoje está secando e pode não existir, pela seca dos rios”. Para a presidente do Iditins os perigos da degradação ambiental não são vistos na política regional do Tocantins e nem mesmo ao nível nacional, por isso há uma necessidade de expor essa situação em eventos internacionais e buscar fomento à projetos de restauração da natureza.

O professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e mestre em Ciências do Ambiente, Wherbert Araújo explica que as consequências da mudança climática já são sentidas no Tocantins. Enquanto a região central recebe chuvas mais intensas e alertas de tempestades a região sul do estado, entre Natividade e Almas, enfrenta uma seca histórica que já atinge a vida de seus cidadãos.

No mês de setembro deste ano o Monitor de Secas registrou avanço da seca grave no Tocantins. Já no mês anterior, indígenas da aldeia Boa Esperança denunciaram, por meio de vídeo, a baixa no nível das águas do Rio Javaés provocada pela captação de águas para irrigação de lavouras na região. O rio é um dos responsáveis por banhar a Ilha do Bananal que abriga uma das maiores biodiversidades do planeta comportando os biomas do Cerrado e da floresta amazônica. A região também, conforme dados do IGBE de 2010, é habitada por mais de 10 mil pessoas sendo que 2 mil delas são indígenas, de mais de quatro povos diferentes e cuja subsistência vem dos recursos naturais providos pela Ilha. Narubia Werreria levanta todas essas questões nas reuniões da COP26 e nas entrevistas aos jornais internacionais presentes no evento.

Mudanças climáticas no Mundo

Como expõe o professor Wherbert Araújo as mudanças climáticas estão acelerando cada vez mais, o professor elenca as possíveis consequências da não interrupção da degradação ambiental: “Com o aquecimento global o nível dos oceanos vai subir e algumas cidades que são litorâneas ou até mesmo estados vão ser prejudicados, mas não é só o nível dos oceanos subir, existe a questão da salinização dos corpos das águas dos rios que deságuam no mar” ele acrescenta que com a salinização de rios haverá menos água disponível para consumo.

Narubia Werreria relata que os povos indígenas foram os primeiros a perceber e denunciar o dano à natureza causado pelo homem e afirma que os povos originários são peças-chave nessa discussão: “Hoje você falar de mudanças climáticas e não falar de povos indígenas é o mesmo que não falar. Porque o que resta de verde está sob os nossos territórios e as pessoas vão ter que ouvir a nossa voz, porque nós mostramos como preservar”, ratifica a ativista. O relatório “Povos indígenas e comunidades tradicionais e a governança florestal” feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) corrobora a fala de Narubia, revelando que os povos indígenas e as comunidades tradicionais são os mais eficientes em proteger a floresta, principalmente quando suas terras são reconhecidas pelo Estado.

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